Mais de 90% dos anúncios de emprego disponívels são falsos, servem para avaliar o estado da procura de emprego e conseguir, com base na oferta disponível, baixar os salário.
O esquema é simples: colocar centenas de
ofertas de emprego falsas e criar a partir das respostas bases de dados
que permitam avaliar a procura de emprego e ajustar para baixo as
ofertas de salários, reduzir os custos de selecção e recrutamento e
criar bolsas de profissões disponíveis para emigrar (o que pode traduzir
a emigração de inteiras classes profissionais). As recentes campanhas de recrutamento da Alemanha
de profissionais e técnicos especializados no Sul da Europa é um
exemplo claro deste esquema que, segundo Luís Bento, presidente da APG,
“é um negócio transnacional”, havendo troca e comercialização das bases
de dados criadas com base na mentira e na fraude da oferta de emprego.
Os anúncios de emprego anónimos ou
confidenciais, em que não se identifica o ramo de trabalho, a forma de
contratação ou a remuneração prevista são um autêntico salto no escuro
para quem procura emprego, e agora acresce o conhecimento de que 90%
dessas ofertas e entrevistas são um logro destinado apenas a aumentar a
capacidade de exploração sobre quem trabalha.
Numa situação nacional e internacional
em que a impunidade no incumprimento da legislação laboral é a norma
este é apenas mais um caso, sendo que conseguir provar esta fraude é
bastante difícil (na maioria das vezes as pessoas apenas sabem que não
houve resposta ao concurso). A lei puniria esta prática de desvio e
utilização de dados pessoais, mas as empresas que colocam as ofertas de
emprego não são responsabilizáveis, já que “apenas disponibilizaram
‘espaço’ ou trataram dados por incumbência de outrem, desde que se
tenham assegurado da regularidade na recolha dos dados e tenham sido,
também, ludibriadas pela conduta do anunciante”.
Para combater mais esta devassa e
ridicularização de quem está desempregado ou trabalha mas procura
emprego, seria urgente perante o avassalador número de fraudes que
representam 90% das ofertas de emprego criar mecanismos de controle como
a obrigatoriedade de colocar o nome do contratante e das condições de
trabalho (forma de contratação, salário). Mas sabemos que isso obrigaria
empresas que vivem da exploração máxima dos seus empregados a
revelar-se.
Enquanto isso, vão se aproveitando da sua imunidade para abusarem de quem procurar trabalho / emprego sério, fazendo as pessoas andarem para aquecer.
Aproveitam-se da boa fé das pessoas que estão desesperadas e põe falsos anúncios, ex: abertura de novos escritórios e precisam de gente para os recursos humanos, prometendo mundos e fundos e
deturpam a realidade, o que vejo são pessoas iludidas, desempregadas e desesperadas.
Os escritórios não têm qualquer alusão à empresa (logótipo, fotos de colaboradores, etc...),
Quando se chega lá a entrevista é normalíssima e não dá para desconfiar, nesta entrevistam as pessoas retirando de parte a função comercial mas rapidamente os lançam para a rua sem qualquer fundamento ou conhecimento da forma como se processa tudo.
No dia da entrevista dão-te uma ficha para preencher, cuidado nesta ficha se a preencherem não autorizem a divulgação dos vossos dados.
Só aqui eles já ficam a ganhar ao obterem desta forma lícita/ílicita os vossos dados pessoais, que depois acabam por vender a outras empresas, penso que será esta a sua verdadeira função
No final da 1º entrevista dizem: "venha amanhã para um dia à experiência" ,ou, telefonamos-lhe se for selecionado, para uma segunda fase.
Fase esta que consiste em:
- passar um dia na empresa, para a conhecer, no fim de contas passas 1 dia á experiência fazendo vendas porta á porta.
Os palhaços que dão a cara por estas empresas fictícias, dão-me asco, não aceitem trabalhar a recibos verdes, nem á comissão, pois vão acabar a andar aquecer, não se pode brincar/gozar com quem procura trabalho sério e um melhor futuro!
A questão é simples o vender porta a porta não tem qualquer demérito de quem o faz eu próprio fiz e faço trabalhos que não se adequam ao meu CV mas que por motivos que todos conhecemos temos por vezes que nos sujeitar, mas uma coisa é desempenhar esses trabalhos por opção própria outra coisa é procurar e responder a um anúncio relativo a uma função/emprego e depois o que tem para nos oferecer é unicamente uma enorme burla!!
ATENÇÃO se as ofertas que lhe aparecerem forem deste tipo:
- Gestor ou Comercial para imobiliária ou outro;
- Comerciais
- Promotores
- Lançamento 4G;
- Lançamento de nova campanha
- GERENTES para novas filiais
- Comercial/gestor RH
- Angariador de clientes com ou sem experiência(m/f)
- Consultores Comerciais
- Consultor Financeiro M/F
- Distribuidores de publicidade
- Distribuidores de listas telefônicas
- Gestores Imobiliários
- Procura-se Consultor Imobiliário (m/f)
- Assistente de vendas
- Nova fase de Recrutamento (m/f)
- Operadores de CallCenter
- Técnico de Vendas
- Colaborador para Departamento de Marketing
- Aceita-se Colaboradores (m/f)
- Comercial para produtos de Televisão (m/f)
Seja qual for a oferta, tenha sempre o cuidado de verificar com que frequência eles pedem pessoal, qual o tipo de contrato, se o tiver, se estão sempre a pedir pessoal para as mesmas funções, mês após mês, semana após semana, deve ser precário (com recibos verdes e a comissões), pois os bons empregadores, não estão sempre a pedir pessoal.
É vergonhoso haver pessoas que se aproveitam dos que querem trabalhar e montam estes esquemas...
Anda meio mundo a fod.., outro meio mundo.